quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

E assim se passaram seis meses !!

Seis meses já se passaram...nem acredito que meio ano de nossas vidas se completaram !! Ainda sinto como se fosse ontem a notícia modificadora, rsrs. E já começo a sentir saudades do meu RN.


Quero relatar os seis meses do Cauê a partir da amamentação. Eu não sabia que ia gostar tanto dessa história de assumir meus instintos animais e me tornar definitivamente uma mamífera. Sabia da importância da amamentação, mas não tinha qualquer pretensão (tanto é que comprei duas mamadeiras, rs).Das certezas, das dúvidas e das (pequenas) decepções. E, principalmente, da imensa alegria que é alimentar o meu bebê.


Durante a gravidez, eu não li nada sobre amamentação. Só imaginava que era algo natural e, naturalmente, as coisas aconteceriam. Minha única preocupação foi tomar muiiiito sol nas peitolas, com o meu marido me olhando estranhamente, rsrs, me vendo andar bemmmmm a vontade pelo quintal, rsrs. Mas fiz isso também só porque me orientaram no curso de gestante que eu fiz. Porque, prá mim, era tudo muito simples, rs.


No dia do nascimento, ali, no centro cirúrgico, o pediatra veio bem rapidamente conversar comigo e falar sobre amamentação. Examinou os seios e disse que os bicos eram bem planos, que alguma dificuldade eu teria em amamentá-lo no início. Mas, como eu já tava começando a ficar bemmmm legal com a anestesia, não processei a informação, só fiquei com essa frase lá no inconsciente.


E, então, nasceu o Cauê. Estava eu lá, já tomada pela anestesia (uma viagemmmmmmmmmmmmmmmmm, mto loca), quando eu escuto a GO dizer:" Cristina, aqui está o seu bebê!" O Cauê quase não chorou. Gemeu, bem baixinho, assim que saiu da barriga. Eu o vi primeiro de longe. Depois de uns minutos, me trouxeram ele bem pertinho, mas ele ainda gemia, um gemidinho que eu nunca mais vou esquecer. Lembro do rosto do pai, assustado com aquilo tudo, e, quando eu os vi, só disse:" legallllll", rs, sem muita noção do que eu tava falando, afff.


Aí, veio a recuperação e o quarto. Eu ainda tava sob efeito da anestesia e nem questionei sobre o Cauê. Era de madrugada quando vieram para eu assinar o registro de nascido vivo e, ainda assim, eu não perguntei sobre ele. Nem minha mãe. Estava, lá no fundo, achando estranha aquela demora toda, mas não falei nada.


E, assim, às 07:00 horas, veio o pediatra me dar a notícia. Quando ele disse a palavra UTI eu senti o chão abrir com um tsunami passando pela minha cabeça. Não perguntei nada, só escutei com as lágrimas correndo pelo rosto. Assim que me foi explicada a situação e o procedimento que seguiria, bem como o médico saiu, eu grite, grite, gritei, blasfemando contra Deus. É sério. Foi a única vez na vida que eu me insurgi contra Ele. E, minha mãe, minha melhor amiga, vendo aquilo tudo, me abraçou e chorou junto. Não disse nada, não perguntou nada ao médico. Só ficou abraçada comigo.


 A primeira visita que o Cauê recebeu na UTI foi do pai. Na verdade, o pai foi muito corajoso em enfrentar aquilo tudo, o ambiente, os médicos, as enfermeiras, a situação, sozinho. O Jailson não é muito de falar, sempre respeita muito a minha opinião, vez que a segue nas maiorias das vezes. E ele foi lá sozinho ver o sonho dele cheio de fios e aparatos médicos. E voltou meio sério, meio feliz, meio desconfiado e estranho daquela visita, me animando a começar a andar prá irmos juntos no próximo horário.


E assim fomos. Quando eu li na porta UTI Neonatal e Infantil, eu já comecei a chorar. Não era isso que eu tinha imaginado. Não era sangramento, pressão alta, ganho absurdo de peso que eu tinha imaginado prá minha gravidez. Naquele momento, achei que todas essas intercorrências tinham levado o meu bebê aquela situação. Eu entrei chorando, com as enfermeiras me perguntando:" Mãezinha, por que você tá chorando ?" Eu não respondi, só chorei, coloquei as roupas e lavei as mãos, indo em direção ao RN de Maria Cristina. Era tudo muito estranho. Meu nenê estava com quase 24 horas e eu nem tinha pegado ele no colo. A visita foi rápida, cerca de meia hora, até porque eu já não aguentava ficar em pé por conta da cirurgia. Fui embora do local arrastada pelo meu marido, chorando copiosamente. 


No dia seguinte, voltamos à UTI nos dois horários de visita, só de longe, só sentindo o Cauê com as pontas dos nossos dedos. Naquela madrugada, meu marido estava comigo e correu prá me confortar quando eu comecei a gritar que eu ia enlouquecer pois ouvia outros nenês chorando nos quartos ao lado e o meu não estava lá. Eu estava me sentindo vazia. No amanhecer, o pediatra estava animado e eu fiquei animada em vê-lo assim, pensando na idéia de ter o Cauê comigo muiiito em breve. Mas não aconteceu e eu, infelizmente, tinha que sair do hospital. A minha GO veio, me deu alta com muita dor no coração, mas não podia me deixar internada indefinidamente. E, então, tive que ir, deixando o Cauê internado. Hoje eu paro e penso como consegui fazer isso, deixar meu nenê sozinho, num hospital, aos cuidados de pessoas que eu não conheço. Às vezes, é melhor fazer as coisas como se estivesse sendo guiada automaticamente, porque, se eu parasse prá pensar, eu não teria saido daquele hospital assim, sem ele, me sentindo um saco de presente vazio.


Fui prá casa às 13:00 horas. Entrei e ? Chorei, claro. Gritei, mais uma vez, a dor que era passar por aquilo tudo. Eu estava tão condicionada àquela idéia de UTI que parecia que minha vida seria prá sempre assim, visitar meu nenê duas vezes ao dia e só. Portanto, pontualmente no horário de visitas à tarde, eu estava lá. Entrei, sozinha, caminhando devagar, pois o Jailson tinha ido estacionar o carro. Foram alguns minutos que eu fiquei sozinha e pensei em como aquilo não faria bem prá minha relação com o Cauê. Tinha medo de que ele não me reconhecesse como mãe. Ele não sabia qual era o meu cheiro, nem qual era o toque da minha mão direito. Nisso, chega o marido correndo prá me ajudar, como sempre, dizendo prá eu não pensar nada disso. Então, veio a minha surpresa. Cheguei na UTI, o Cauê estava fora do bercinho, tomando LA em um copinho. Eu fiquei cega na hora. Esqueci de todo o procedimento de UTI e fui na direção dele. A enfermeira sorriu e me disse:" Mãe, você demorou muito !! Vá se arrumar prá gente colocar ele prá mamar!!" Aquelas palavras me deram um ânimo tão grande que eu senti minha expressão do rosto mudar. Me aprontei, pus os peitos prá fora na frente de todo mundo - nunca tinha feito isso - e peguei o Cauê no colo, com o pai estupefato ali, junto, do nosso lado. Meu Deus, que sensação maravilhosa, preenchedora, nem sei !! Peguei ele pequenininho e as enfermeiras vieram ajeitá-lo no meu peito esquerdo. Não saiu nada, porque nem colostro eu tinha, já que ele nunca tinha sugado. Foi estranho, me deu uma sensação tão confortante, tão, tão sublime, eu nunca tinha sentido isso na vida. Ele pegou um pouquinho e depois já soltou. Além de não ter nada prá engolir, ele tinha acabado de beber LA. E ficou um pouco no meu colo, com vários fiozinhos ligados à máquinas pendurados, no meu colo, me conhecendo, me olhando sem me enxergar direito, me fazendo a pessoa mais feliz do mundo. Foi um momento tão perfeito, tão perfeito, que até hoje sinto o que senti aquela hora, mesmo sem poder nem beijá-lo.


Naquela noite, valendo-se das experiências da minha mãe, tomei um super chá de folha de manga pro leite descer. No dia seguinte, acordei cedo e, com o meu marido, fomos apertar os seios prá ver se saia alguma coisa. E saiu uma gota !! E eu ri como nunca tinha feito antes. Fomos prá visita. O Cauê estava na incubadora, porque o médico de plantão ia receber um bebê prematuro e, assim, estavam todos os enfermeiros de sobreaviso, caso precisasse internar esse novo nenê. Chegamos, nos trocamos, eu ainda com aquela sensação mágica do dia anterior. E, então, aconteceu a coisa mais linda da minha vida: eu toquei os dedos no Cauê, ele, com os olhos fechados, virou-se pro meu lado e abriu a boca como se quisesse mamar. O pai ficou maravilhado, feliz mesmo dele ter me reconhecido, pelo cheiro, pelo toque, não sei. E, como eu não podia pegá-lo, o Cauê começou a querer chorar. Eu fiquei tão feliz, tão feliz, estava confortada pela certeza de que meu bebê sabia sim quem era eu e que estava me esperando. Mesmo com a UTI em sobreaviso, fui até a enfermeira e pedi prá retirá-lo da incubadora prá colocá-lo prá mamar. Mesmo sem poder, ela assim fez. Foram alguns minutos só, porque estavam todos em alerta. Mas foi, novamente, perfeito. Tudo estava voltando ao normal.


No mesmo dia, na visita da noite, finalmente tivemos a notícia que tanto esperavamos: o Cauê teria alta da UTI e continuaria a medicação no quarto. Naquela noite, dormi à base de chá de folha de manga com metade de um comprimido de valeriana, rsrs.


Finalmente, o dia 06 de junho de 2010. Um domingo. Fomos todos, eu, marido, meus pais, com mala e tudo prá visita de manhã. Dessa vez, não retiraram o Cauê da incubadora, mas, melhor, mandaram que eu me internasse e levasse as roupas dele prá vesti-lo - na UTI, ele ficava só de fralda e meinhas nas mãos e nos pés -. Lembro que, no elevador, olhei pro pai e disse:" Você quer guardar alguma lembrança disso tudo ?" Ele: "Não!" E juntos arrancamos nossas identificações e jogamos fora. Parece tonto, mas prá gente isso foi muito importante, significou o começo de uma nova fase mesmo. O ruim já tinha acabado.
Nos internamos e, dali uns minutos, veio o Cauê, pequenininho, com um macacão verde com detalhas em amarelo e laranja, com luvinhas, no cobertor de girafa que eu havia comprado. A minha maternidade tinha efetivamente começado. Ele chegou e já botaram prá mamar. Até minha GO, que havia me dado alta dois dias antes, apareceu do nada prá ajudar. Era tudo muito maravilhoso !!


Nos dias de internação no quarto, o Cauê ficava o dia inteiro conosco - só ia de manhã tomar banho, pesar, medir e tomar medicação - e, a cada 3 horas pontualmente, a enfermeira vinha nos ensinar a mama. Confesso que, no segundo dia, eu chorei, pois já não aguentava mais aquele monte de mulher botando a mão nos meus peitos pelo menos 8 vezes ao dia. Era correção de pega o dia todo, prá não deixá-lo com fome. Lembrando disso, hoje, vejo como tudo aquilo foi normal e importante pro aprendizado de amamentação meu e do Cauê. Eu quase não tinha bicos e, então, a pega era feita de um outro modo. Aí, prá dificultar, juntava os seios que eram bem grandes pro Cauê e a boquinha dele, que não segurava porque o maxilar era muito menor que arcada superior da boca. Meu marido aprendeu a ordenhar, minha mãe também, prá que fosse dado somente meu leite. No hospital, não tinha como usar outra técnica além da ordenha nem nenhum outro aparato; só paciência e calma mesmo. No dia 09 de junho, depois de oito dias no hospital, tivemos alta !! E uma das enfermeiras me disse que, prá auxiliar na formação do bico, havia um bico artificial, bem eficiente, que me ajudaria muito. Foi essencial essa dica, me ajudou muito mesmo !!


Chegamos - ufa !! - em casa. Todo mundo que eu queria reunido.  Minha mãe, meu marido, minha magrela Vitórya, meu querido Titor, meu amor Clara e a madrinha Mô. Lembro que cheguei em casa, tiramos um milhão e meio de fotos e fomos, literalmente, todos amamentar o Cauê, hahahahahahaha. Eu já tinha comprado o bico intermediário e coloquei. Nossa, foi fantástico !! O material era superfino, fez com que o Cauê pegasse perfeitamente, fazendo sair bastante leite. Acabei de amamentá-lo, almocei e, mesmo com as conversas animadas das crianças, me inclinei na mesa e pensei:" esse deve ser o efeito do Lexotan, uma paz que não tem fim !!" Deitei e dormi, com o Cauê ao lado, no carrinho. Finalmente, estava tudo como eu tinha imaginado !!


Amamentei com esse bico intermediário por 20 dias, sendo que, a partir do dia 29 de junho, passei a amamentar sem qualquer barreira entre o Cauê e eu !!


Assim seguimos, com muito leite, LM em LD tranquilamente, muitas roupas de cama e pijamas manchados. No meio de agosto, surgiu a história de rotavirus. A Clara estava doente, o João também ficou. Nessa época, eu estava trabalhando já, sempre voltando prá amamentar. Aí, numa noite, eu não quis jantar. Minha mãe estava comigo em casa - marido trabalhando a noite - e eu fui deitar e não dormi nada. Lá pelas tantas, levantei, fui ao banheiro e vomitei tudo o que eu não tinha no estômago. Sim, eu também estava doente e isso começou a me apavorar. Deitei, dormi, amamentei o Cauê normalmente de manhãzinha, mas não conseguia nem segurar água no estômago, quanto mais remédio e soro. Eu sabia que isso não ia terminar bem, mas todos diziam prá eu não ficar apavorada. Na hora do almoço, com o Eduardo doente também, coloquei o Cauê prá mamar e quase não saiu nada. Comecei a chorar, pois tinha percebido que estava completamente desidratada (eu tinha vomitado mais de 6 vezes, sem contar a dor de barriga) e o leite secou. Vendo aquilo tudo, com dor no coração, disse à minha mãe e ao Jailson que comprassem LA prá dar ao Cauê, pois ele não poderia passar fome. E fui, com o Eduardo, ao hospital ser medicada. Saí de lá mais animada, melhor mesmo, o pediatra já tinha sido contatado e passado o procedimento pro Cauê não desmamar. Então, coloquei ele prá mamar um pouco - mas não saia quase nada - e minha mãe deu novamente a mamadeira (já tinha sido dada enquanto estava no hospital). Naquela madrugada, o leite tinha voltado, não tudo, mas já tinha conseguido satisfazer o Cauê. Nesse dia, lembro que disse ao meu marido:" Você não pode ficar doente, temos que cuidar do Cauê !!" No dia seguinte, o Jailson também ficou mau. Tivemos que buscá-lo no serviço e ele, ao me ver em casa, me abraçou chorando, dizendo que tinha tentado ficar bom, mas também estava doente. Choramos juntos e eu jurei que, mais uma vez, iríamos superar isso tudo.


Ao todo, o Cauê tomou 9 dias de complemento, sempre sendo colocado no seio prá mamar antes e depois de dado o  LA na mamadeira. E, então, o leite voltou ao tanto que ele precisava. Graças a Deus, ao Cauê que não desistiu de mamar e a todos os chás e comidas que minha mãe preparou, rsrs, eu poderia novamente amamentar meu bebê !!


Desde então, assim estamos. Eu, praticamente, com os peitos de fora na frente de todos, hahahahaha. A vergonha se foi, ficando só a satisfação e felicidade de amamentá-lo. E, principalmente, a carinha redonda e gordita do Cauê bem alimentado.


E, com isso tudo, descobri que amamentar não é só alimentar, dar o leite literalmente. É ganhar o carinho do toque das mãozinhas, curiosas, que querem carinho. É me ver nos olhinhos de jabuticaba dele. É deixar passar o calor do meu corpo pro dele. É ficar aqueles minutos tão envolvida com aquilo tudo que o dia passa e começa a ser contado por quantas vezes eu o alimentei. E gostar disso. É perceber que o corpo se prepara antes de começar a amamentação, tamanha é a naturalidade daquilo tudo. É perfeito. Simples assim.


Mas eu não teria conseguido nada disso sem a ajuda da minha família. Jamais.


Agradeço, primeiramente, ao Jailson. Bi, você é absolutamente surpreendente. Me acompanhou em tudo, desde a idéia de sermos pais, foi comigo às consultas, vibrou em me ver vomitar igual ao uma louca no início da gravidez, me levou arrastada até em casa quando eu quase desmaiava por conta dos remédios, me apoiou nos alongamentos, na dieta, na hidro, nas fotos, nas escolhas de quarto, roupas pro Cauê. Acolheu o nome Cauê depois que eu mostrei e provei o que isso significava prá gente. Animou-se em pintar o cantinho dele, em organizar o berço e os bichos, sem eu falar nada, fez tudo perfeitamente. Por ter aprendido a ordenhar o meu leite prá dar ao Cauê, por ter saído correndo prá comprar as conchas de amamentação corretas, por ter acordado comigo nas madrugadas para, juntos, alimentarmos nosso nenê. Foi -  É ! -imensamente maravilhoso ver você envolvido com tudo, assumindo e usufruindo da sua condição de pai. Um ótimo pai, amigo, carinhoso, preocupado, é pai. Você, evidentemente, foi essencial nisso tudo, rsrs, mas se revelou prá mim o melhor companheiro que eu poderia ter. Ter você comigo, especialmente nos momentos difíceis, foi fundamental prá superar as adversidades. Eu simplesmente não sei o que seria de mim sem você. Você é o meu amor, meu homem, meu companheiro, meu amigo, minha paz. É piegas, é clichê, mas é verdade. É amor e só isso.


Logo ali, lado a lado, minha mãe. Minha mãe é TUDO prá mim. Meu exemplo, meu guia, meu ídolo, sei lá, nem dá prá definir. Você que me mostrou tantas vezes a importância do filho prá mãe - e não somente ao contrário - que se eu fizer metade do que você fez por mim eu serei uma mãe inteiramente realizada. Obrigada por ter chorado comigo e rido comigo. Obrigada por ser minha melhor amiga. Obrigada por tudo, mãe, mesmo. Especialmente por, nessa fase, ter respeitado quando eu disse que era só leite materno e nada mais que o Cauê ingeriria. Eu te amo não é o suficiente. Aliás, nada nunca vai ser o suficiente prá agradecer.


Meu pai, com o jeito atrapalhado dele, me fez a pergunta mais perturbadora e confortante, ao mesmo tempo, durante os primeiros dias do Cauê: " Você vai sair e deixá-lo aqui ?" Ao mesmo tempo que isso me feriu, me mostrou que ele estava simplesmente disposto a continuar ali, comigo internada, indo me ver 3 vezes ao dia, prá não deixar o Cauê sozinho. Pai, eu te amo. Na hora que eu mais precisei de você na minha vida toda, você tava ali comigo, disposto a qualquer coisa prá não me ver chorar e, principalmente, prá ver o meu bebê. Não digo isso sempre, mas nunca duvide disso.


Meus irmãos, não menos importantes na minha vida. São os melhores irmãos e amigos que alguém poderia ter. A minha relação é própria de cada um, um fala mais, outro menos. Mas os dois estão sempre comigo, disso eu tenho certeza. O Eduardo eu tenho que agradecer por ter estado comigo desde o início disso tudo. E o João por ser o melhor amigo sócio do mundo; precisou estarmos juntos todos os dias prá vermos que não precisamos brigar, rsrs. Sem vocês eu não teria conseguido nada. Obrigada, Eduardo, pela palestra aos berros que você fez em casa no dia que a mãe sugeriu que fosse dado ao Cauê água ou chá, rsrs. Por ter me feito rir no dia mais triste da minha vida, eu nunca vou esquecer de você e da Talita. E, João, você é o responsável por eu conseguir levar minha vida profissional. Sem você, eu jamais teria conseguido trabalhar, meio lá, meio cá, eu sei, e ser mãe. Eu nunca vou conseguir agradecer você por isso tudo.


Mô: você me escreveu a coisa mais linda quando o Cauê nasceu. Eu realmente não consegui acabar de ler no dia, fui ler só quando estava mentalmente equilibrada (o que demorou um pouco, rsrs). Eu não sou muito de falar, mas a sua felicidade e a da sua família é muito, muito mesmo, importante prá mim. Obrigada por tá comigo, sempre junto. E por ter sido a primeira tia a fotografar o Cauê quando ele foi ao berçário.


Vi, Titor e Clara: foi vocês que me deram idéia do que era amor de mãe. Obrigadíssima sempre por terem exigido que eu fosse a prima/tia mais participante o possível. Agradeço a Deus todos os dias por isso !


Cauê, meu amor, prá você, nenhuma palavra seria adequada ou sintetizaria a sua importância. Isso tudo aqui é por você. E se precisasse mais seria feito, sem pestanejar. E se precisar será feito. Obrigada por nos ter escolhido, =D. Obrigada por ter aprendido da mamar tão rapidinho, mesmo com tantas dificuldades. Obrigada por me fazer mãe, por me deixar ser SUA mãe.


No final, eu me acho vitoriosa. Acho que ganhei. Acho que ele ganhou. Não foi a aleitamento exclusivo de leite materno que eu pensava, mas foi um período só nosso, de muitas vitórias e aconchegos. Acredito, sim, que todos ganhamos e descobrimos, com esses primeiros seis meses, como fazer prá exercitar, prá sempre, o amor que nos guiou até agora.