domingo, 18 de abril de 2010

E lá se vão...

...oito meses nessa aventura maluca. Aventura mesmo, especialmente emocional. Desde o início, entendi, finalmente, o significado de doação. Você permitir, desejar, que outro ser se origine no seu corpo, suportando todas as implicações que isso traz, é realmente uma experiência de libertação. Esquece-se de suas vontades ou desejos, anseios. Tudo passa a ser feito para manter e prolongar, até o momento certo, aquela nova geração que está ali dentro, te espremendo internamente e expandindo externamente. 


Mas, apesar de todos esses contrastes, não nego que, ainda agora, já tenho um pouquinho de saudade disso tudo, de ser dois em um só. As sensações desse período todo não poderão ser repetidas jamais, nem em uma outra gravidez. Nenhuma descrição consegue transparecer com fidelidade isso tudo. Mesmos os enjoos, a sonolência, as inevitáveis estrias, o cansaço que acompanha, especialmente agora no fim, são compensados por qualquer movimento que ele faz aqui. Ver ele procurando um jeito melhor no aperto é tão, tão bom, que bem ciente agora que o fim - ou melhor, o início !! - está aí, à porta, faz com que venha a saudade e a vontade de aproveitar todos os momentos ainda mais intensamente agora. E olha que ainda se seguirão 8 semanas. No máximo 8, mas ainda são 8. 


A idéia de que devia ter feito isso tudo antes também está sempre rondando. Porém, ele veio na hora certa, na hora dele. 


Ah, por fim, essa é a foto que melhor me define: completamente redonda, rs.